quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Dia 31... data nada especial pra mim.
A família não está aqui... sem vontade de vestir roupa bonita... sem vontade de me maquiar... sem vontade de sair, de curtir.
Não gosto de contar minhas mazelas no MSN [já expliquei o porquê num post aí abaixo]. Até por que 'contaminar' as pessoas não é legal... aí venho aqui pro blog e escrevo.
Se eu pudesse escolher um ritmo pra ser vivido agora, escolheria o de Just Friends da Amy. Se fosse pra escolher uma cor, escolheria um azul acizentado. Se fosse um sabor... bem, de sabor eu não faço muita ideia, até por que ando me alimentando mal.
O dia 31 não está sendo nada especial, mas estou confiante que o 2010 será mais que especial em todas as partes: família, amigos, estudos, trabalhos... Não só pra mim, mas pra todos.
Desejo que 2010 seja regado com muito jazz, com poucos 'jaz'. Que tenha cheiro, gosto e temperatura de paixão, amor, carinho, paz, serenidade...
E que tenhamos maturidade pras coisas boas e ruins.



Dedico este post um pouquinho triste a Ícaro [leiam a história dele mais abaixo] que foi encontrado por um sobrinho que mora na Venezuela, filho da sua irmã mais querida que mora nos EUA, por acaso na internet depois de 30 anos quando ele escolheu sair de casa para ir morar na China e depois ganhar o mundo. Quero parabenizá-lo pelo presentão de natal que ele ganhou. Beijos, Ícaro!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009




















Hoje teve a aula da saudade no colégio.
Putz... foi ótimo e triste.
Tomamos banho de piscina, comemos feijoada, jogamos dominó e vimos um video com mensagens de todos os professores pra nós.
Somos uma sala de apenas 15 pessoas e, de verdade, eu amo cada um!
Todos são cumplices, amigos, fieis.
Hoje, já no finalzinho da farrinha particular, alguns ficaram na piscina e outros sentados na borda. Apesar das brincadeiras, percebi o clima triste, clima de despedida.
Nos despedimos aos pouquinhos, sem lágrimas mesmo que estas tenham chegado bem pertinho de sair...
Enfim, a ficha caiu pra mim de que talvez nunca mais os 15 estarão juntos novamente... chorei. Chorei muito.
Queria dizer pra todos vocês, meus amores que eu vou sentir falta de cada um, de cada qualidade, de cada defeito; queria dizer que os amo do fundo do meu coração e vocês não imaginam como doi essa separação pra mim.
Nossa foto está aqui em cima, pertinho do computador e vai ficar por muitos anos para que eu lembre todos os dias que vocês foram as pessoas responsaveis pelo melhor ano de toda a minha vida.
Obrigada por tudo!
E como diz o perfil do orkut de Fabão: Obrigada pelas lembranças.
Adeus, talvez.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Ahhh... um post de natal.
Meu natal está assim: casa vazia, MSN vazio, umas verduras na mesa pra picar e tudo isso ao som de um funk bem rasgado que meu vizinho me proporciona todos os dias.
De tudo, casa vazia é o que mais me incomoda, porque antes minha avó vinha pra cá com minha tia, meus primos, tios e etc... agora que ela está mais velhinha, ela não vem por causa da distância.
Pra complicar eu não posso sair. Aí fico naquela de nem mel nem cabaço: nem família, nem festa com os amigos.
Mas sinceramente... eu troco qualquer festa com amigos pra ter a família todinha aqui em casa sujando prato preu lavar, falando alto, assistindo filmes, ocupando meu quarto na hora de dormir...
Porque natal sem família não é natal. E pode até ser, mas não é completo.
Putz! Eu tô mesmo fazendo vocês lerem um post mazelado de natal?
É, tô.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Hoje o post não tem nada a ver! É só um desabafo mesmo. Desabafar com os amigos no MSN é uma merda... às vezes ele está ouvindo frevo, está em uma vibe totalmente diferente e não tá nem aí pro seu problema, e essa possibilidade me deixa mais irritada ainda.
Acho que estou de TPM, mas nem ligo! Tenho consciência e não tô nem aí.
Hoje acordei às 4:33AM pra fazer o segundo dia da segunda fase da UFPE, depois da prova peguei um ônibus e passei mais de uma hora pra chegar no centro. Um calor, um barulho, um furdunço e um cara sem assunto do meu lado.
Fui pro curso de maquiagem e mais furdunço por lá.
Cheguei em casa às 20:00. Tô doida de sono, mas me rcuso a ir dormir: acho perda de tempo.
Tô ouvindo ''Eu não quero ter razão'' de Sobrado 112.
E é isso aê, meu irmão!!!!! Eu não quero mesmo é ter razão!
Eu quero é chutar o pau da barraca porque hoje eu tô arretada!

domingo, 20 de dezembro de 2009


















Na última quarta-feira teve uma festinha confraternização lá na fonauldiologia [pra quem não sabe eu faço fonoterapia].
No meio de bolos, gritos, fotos, doces, salgados... entrou uma menina no consultório [onde deixamos o bolo e afins] dizendo que um dos meninos estava pedindo doce... ninguém sabia quem era o menino aí eu disse: "Deve ser o João* negro, aquele negrinho"
Na mesma hora todas olharam pra minha cara com olhos de repreenção e uma disse: "Meniiiiina!"
Eu: "O quê? Gente... ele é negro. Que mal há nisso? Se fosse branco eu diria que era o branquinho e ponto"


Na foto está a Dra Maristela e a criançada.

*Nome de mentirinha, mas a história é de verdade.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Pros fãs de Ícaro [história aí em baixo]: Ele encontra-se na Rua da Palma agora.
Apareçam por lá e comprem uma formiguinha. Ou apenas conversem com ele.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

No último fim de semana fui fazer a prova do ENEM... chegando lá, tive que ir a coordenação pra resolver uma bronca sobre minha identidade que estava com a foto manchada [maior sufoco]. No meio de minha choradeira, chegou uma menina perguntando onde os adventistas do 7° dia iriam ficar... A coordenadora explicou que seria em outro colégio e ela saiu rapidamente pra não perder o horario.
De noite, aqui em casa, comentei o fato com o meu pai criticando o radicalismo dos adventistas em não fazer nada no sábado, porque caso eles não saibam, aqui vai uma breve explicação sobre a etmologia de 'sábado': Em Hebraico, as palavras para sábado são: (a) SHABBATH, que significa (dia) de descanso’, ‘cessação’, ‘interrupção’.
Logo, meu sábado [meu descanso] pode ser na quarta-feira, ou na quinta-feira, ou no domingo.
Eu entendo que é bom e agrádavel que se guarde um dia da semana pro deus em que você crê, mas não precisa ser o sábado que se convencionou no nosso calendário, até por que o calendário ocidental só veio a existir depois da Criação; e também não precisa usar de radicalismo... Jesus Cristo veio ao mundo pra combater justamente o radicalismo: a lei ser mais importante que o ser humano. Lembram que ele curou num sábado?
Bem... aí meu papi muito inteligente acabou de lascar os adventistas: ''Eles não fazem nada no sábado? Duvido muito que eles passem o sábado sem utilizar o ferro elétrico, ou sem ligar a TV, ou sem pegar um ônibus. Em outras palavras: no sábado eles não trabalham, mas se servem do trabalho dos outros. Em outras palavras novamente: eles é que vão pro céu. O motorista que serve a eles nos sábados que se lasque no inferno.''
E onde está o amor ao próximo, adventistas?!


Haha! Meu blog não é politicamente correto, não uso de eufemismos [e Baião adora isso].
Se você é adventista, aqui vai um conselho: estude mais.
Beijos

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Passei um tempo sem escrever nada aqui porque estava sem computador.
E, sinceramente, ir pra uma lan house cheia de viciados em CS e line age [não sei se escreve-se assim], tira a inspiração de qualquer ser humano.
Mas eu estou com umas histórias legais pra contar... com o passar do tempo vou atualizando e deixando tudo bem bonitinho aqui.



Super beijo pra Marcio Baião que me pediu agorinha preu não abandonar o blog!

domingo, 6 de setembro de 2009

No caminho da igreja meu pai diz:
"Quando dois jovens se casam eles cantam: 'O tempo não pode apagar nosso amor; eu irei contigo para onde for; as muitas águas não poderão afogar; o que Deus iniu não vai acabar...'
Depois de 15 anos de casados, cantam: 'Ó tão cego eu andei e perdido vaguei longe longe do meu Salvador...'

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Esse é Ícaro.
A história de hoje é longa, mas vale a pena.
Hoje, ainda pela manhã, liguei pra Davi e combinei com ele de nos vermos no shopping.
Peguei uma blusa branca que tem umas formigas desenhadas, vesti uma calça e fui me encontrar com ele. Chegando lá, fomos nas Lojas Americanas e compramos alguns salgadinhos, refrigerante, chocolate e tudo que faz mal à saúde pra comer; sem lugar pra comer, fomos comer no parque 13 de maio... sentamos num banquinho à sombra e enquanto comíamos, os farelos do salgadinho caíam no chão e as formiguinhas iam carregando todos eles. Ficamos observando, rindo e fazendo comentários bobos sobre as formiguinhas. Quando cansamos de comer, fomos andando em direção à saída do parque... foi quando vi um homem sentado no chão fazendo uns louva deus com material extraído de coqueiros... achei legal, pois já tinha visto um daqueles no programa do Jô e me aproximei pra saber o preço... quando cheguei mais perto, vi que ele fazia formiguinhas com arame também... um trabalho espetacular. O artesão olhou pra mim, reparou em minha blusa, sorriu e perguntou se eu estudava as formigas; eu disse que não, mas que gostava de animais. Então ele falou pra mim palavras com sotaque espanhol mais ou menos assim: ''Sabe o que você carrega na sua camisa? Sabe que mensagem é essa? É a mensagem da paz... se os seres humanos começassem a observar mais as formigas, o mundo seria outro, sabe por quê? Por que as formigas aprenderam a viver em comunidade, elas vivem em harmonia, trabalham em grupo... e quando elas se encontram que tocam as antenas uma na outra... aquilo é um cumprimento, é como se eu olhasse nos seus olhos e falasse 'bom dia' ou 'boa noite', coisa que nós seres humanos não fazemos um com o outro. As pessoas deveriam parar mais de assistir novela, Fórmula 1 e começar a observar a natureza, por que essa sim, nos passa uma mensagem positiva''
Fiquei encantada! Perguntei quanto era cada formiguinha daquela e ele disse: ''Olhe pra minha camisa'' E tinha escrito assim: Work for food (trabalho pra comer). Dei uma quantia a ele e ele continuou conversando comigo e com Davi...
E ele dizia: ''Aqui no 13 de maio eu vendo pouco, porque se eu for vender na Conde da Boa Vista, me expulsam de lá e tomam meu material. O sistema prefere nos tornar mendigos a nos tornar artistas.''
E continuou olhando pra mim: ''Arte não é mercadoria, arte é expressão de amor... mas as pessoas preferem vestir roupas da Nike, da Adidas a vestir uma blusa ecológica, com uma mensagem bonita''
E continuamos a conversar... e ele foi citando Maquiavel, Nietzsche, o Bhagavad Gita, dentre outras citações e história.
Quase no final da conversa ele me perguntou o que eu queria fazer da vida. Eu respondi que estava estudando pra fazer faculdade de cinema e trabalhar com fotografia.
E ele disse: ''O artista rema contra a maré, contra o sistema que o oprime, faça cinema sabendo que você vai ralar muito assim como eu ralo até hoje. Hoje eu me encontro nessa situação: sem roupa, muitas vezes sem comida. Mas eu sei que isso é uma fase e que isso vai passar e quando tudo isso passar eu vou tomar essas coisas aqui como lição de vida''
Eu perguntei a ele se ele gostava de chocolate e dei a barra de chocolate pra ele, ele soriu e me disse: ''É por isso que eu ainda tenho fé no mundo e aqui em Recife, são atitudes assim que nos fazem crescer por dentro''
No final de tudo... pedi pra tirar uma foto dele (pro blog, claro). Perguntei o nome dele (Que é Ícaro) e ele me pediu pra mandar pro e-mail dele a foto, eu dei uma caneta a ele e um livro de Drummond pra ele anotar o e-mail, ele olhou pro livro e ficou encantado... disse que conhecia Tabira - MG (que é a terra de Drummond). Eu prometi voltar por lá não só por que sei que vai me render histórias pro blog, mas vai me render aprendizados pra vida, pra arte e pro amor.





Dedico essas linhas cnfusas a Ícaro, o primeiro artista de verdade que conheci!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Hoje, voltando do curso, eu e Amanda pegamos carona no carro de um professor.
Então começamos a falar sobre mães... papo vai, papo vem... o professor se manifesta: "Toda mãe é igual. Por que será, hein?"
Eu respondo: "É cartel"

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Há uns dias eu estava no site de relacionamentos de uma amiga...
Vamos começar de novo:
Há uns dias eu estava no Orkut de uma amiga [agora siim] olhando umas fotos da lua-de-mel dela e mostrando pra minha mãe e uma amiga da minha mãe.
Então a amiga da minha mãe se manifesta: "Toda menina deveria esperar pra se casar 'direitinha', porque depois que o cara consegue o que quer, vai casar pra quê? Nem tem graça mais"
Aí meus neurônios se manifestam: "Então quer dizer que não se casa por que ama a pessoa, por que gosta dos hábitos da pessoa, por que quer acordar junto, dormir junto, assistir a filmes juntos... não se casa por que quer tomar café da manhã com a pessoa amada e ver a cara de sono dela e rir baixinho. Não se casa por que querem compartilhar os momentos mais íntimos um com o outro, por que querem ser testemunha da vida um do outro. Se casa por que a graça do casamento é transar, é fazer sexo, é poder transar na sala, na cozinha, no sofá, no fogão, no banheiro, na área de serviço sem que ninguém incomode... casa-se por que a graça do casamento é deixar a cama suja sem ter ninguém pra reparar, ou por que podem sair de toalha do quarto, ir pro banheiro e dá mais uma por lá. Se for assim... sinto muito... não quero casar!

sábado, 27 de junho de 2009

Michael Jackson morreu.
Podem me chamar de 'repórter atrasada', mas putz! Michael Jackson morreu!
Me dei conta agora.
Ontem conversando com um amigo por um programa de mensagens instantaneas... af! Conversando pelo MSN mesmo! Eu comentei: "Caramba, ele é um ícone"
E meu amigo responde: "Só se for da pedofilia"
Fiquei encucada por algumas horas pensando se eu tinha falado merda... mas hoje à noite, percebi que, definitivamente, eu não falei merda.
Meu primo, como de costume, apareceu aqui em casa e começou a comentar com meu pai sobre a morte do ídolo.
E eles começaram a me contar sobre como Michael foi influente na década de 80. Dentre tantos relatos, os dois começaram a me contar que um dia todos os colégios largaram mais cedo só pra ver o clip da música Thriller do astro; que quando ele começou a ter vitilico, usava luvas para esconder a doença e aquelas luvas viraram moda nas discotecas; todo mundo queria ser o Michael Jackson; onde se via uma rodinha de 'break' era embalada pelas músicas do rei do pop; as discotecas ferviam com as músicas de Jackson. Meu primo, meu pai, e os amigos, fizeram um grupinho na época que imitava o rei nas festinhas de um amigo e o grupo foi batizado de 'Mico Jackson', Mico é o apelido do meu pai.
Hoje, nós não estamos nem aí para a morte de Michael Jackson, mas fiquem certos: nossos filhos falarão de Michael Jackson do mesmo jeitinho que nós falamos do Elvis Presley: com brilho nos olhos e vontade de ter vivido naquela época.

domingo, 7 de junho de 2009

Há alguns anos estávamos eu, meu pai e minha mãe aqui em casa, quando repentinamente faltou luz.
Acendemos algumas velas e ficamos na cozinha conversando.
Papo vai, papo vem...
Meu pai começa a falar: "Tá vendo o que a tecnologia faz com as famílias? Se não tivesse faltado energia, provavelmente Gedalva estaria assistindo a novela, Priscilla no computador... e assim vai! Só foi a luz faltar pra todos sentarem à mesa e conversarem."
Pra concluir ele olhou pra mim e disse: "É, minha filha... tudo nessa vida é uma faca de dois gumes"
Poucos minutos depois, a energia voltou.
Meu pai saltou da cadeira e saiu correndo e gritando: "O computador é meu! É meu!"

sexta-feira, 22 de maio de 2009

São 2:58AM e estava teclando com um amigo meu agorinha no MSN...
Começamos a conversar sobre relacionamento e sobre como as pessoas se acham donas uma das outras...
Entre mil frases filosoficas, ele me disse algumas que vou guardar pro resto da vida.
"Ricardo diz:
*a pessoa, homem e mulher... tem que ter uma cabeça mais free, uma atitude mais de ficar peixe
*e ter discernimento do que é e do que nao é
*isso é importante, viu... pode anotar
*cai na prova
*a vida toda!!!"
Isso resumiu tudo que os dois queriam dizer naquele momento.
Como se não bastasse ser perfeito a esse ponto, ele completa:
"*saber discernir as coisas é vital
*saber que azul nao é verde e que charque nao é carne de sol
*ficar nao é namorar e transar nao é casar
*estudar nao é saber
*e por ai vai"
Ninguém é de ninguém, amor não é prisão, amor é liberdade de escolha...
Se ela(e) lhe ama, sua escolha será você. E só você!



Dedico essas linhas a Ricardo, meu parceiro de NET, o qual exclui do MSN sem saber o porquê e a vida me fez encontrar novamente.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Hoje, no curso, sentei perto de Nathi, pra assistir a aula de física.
Começamos a conversar sobre a falta de dinheiro em ano de vestibular.
E cada uma começou a falar o que ia fazer pra conseguir dinheiro...
Entre gargalhadas, Nathi falou: "que merda, Prika, um pedaço de papel faz uma diferença enorme na vida da gente"
...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Hoje, no curso, eu e Clícia estavamos conversando com Euzébio (professor de química) quando o celular dele tocou...
"Oi, mãe ... Sério?!?! Passa pra ela ... Oi, vó! Tudo bem? ... Eu estou bonzinho ... Hoje eu vou aí pra lhe ver, tá?! Beijo, vó''
Aí ele começou a nos explicar: "Essa minha vó tem mal de alzheimer e fazem 4 anos que eu não a vejo, porque eu era muito apego a ela e quando ela começou a ter o mal eu quis me afastar pois eu sabia que se eu chegasse perto dela e ela não me reconhecesse, eu não iria aguentar. Depois de 4 anos, ela lembrou de mim. Vou lá hoje.''
Eu e Clícia ficamos caladas, felizes.
Ele: "Caralho! Estou feliz... que merda! Vou chorar!"
Os três sorriram.
Mas a minha vontade memso foi chorar.
Ainda existem pessoas que dão valor à família.
E viva o sentimentalismo!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Há um ano, mais ou menos, estavamos eu e minha mãe aqui em casa à noite...
Como de costume, chegou uma amiga dela acompanhada com sua filha de mais ou menos sete anos.
Percebi que tinha chegado água na torneira, como moro num condominio de péssima administração (que o síndico não leia isto) e é raro água na torneira, corri pra lavar os pratos.
A casa não é grande e dá pra perceber tudo que se passa.
A menininha pegou meu celular na estante e jogou até descarregar o memso.
Pegou o celular da minha mãe.
Ligou meu computador, entrou no MSN dela (tempos modernos).
Mudou o canal da TV.
Abriu a geladeira e pegou água.
Voltou pro computador.
Quando não quis mais mecher no computador, tentou ligar o aparelho de som até que conseguiu, como estava passando A Voz do Brasil, logo desligou.
E assim o tempo foi passando...
Perto da mãe dela ir embora (que mãe!), ela foi na cozinha olhou pra mim e peguntou: "Prika, eu posso ir no banheiro?"
(Precisava pedir?!)
Eu respondi: "Claro, fofura, a casa é sua!"


Dedico estas linhas a Davi, pois faz tempo que tinha prometido a ele escrever esse textinho.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Há algum tempo, quando a MTV ainda pegava na minha TV, eu estava vendo um programa...
A apresentadora perguntou à vocalista de uma banda: "Por que vocês colocaram borboletas durante todo o clipe?! É por que borboleta significa renovação, ou algo parecido?"
A vocalista olhou para os outros integrantes da banda e caiu na risada.
Coitada da apresentadora... Ficou com uma cara de 'hã?'
Depois de risadas, a vocalista respondeu: "Colocamos borboletas por que achamos que ficaria esteticamente legal, vocês filosofam em cima de coisas que não tem nada a ver."
Outro dia, eu estava no CinePE com minha amiga Tayrine e sentou uma mulher do nosso lado que começou a conversar.
No meio da conversa ela comentou: "Aqui no CinePE passa filmes bostas também, literalmente, ontem eu assisti a um filme que era o tempo todo o menino com dor de barriga, melando o banheiro de merda, quando ia fazer uma prova ficava com dor de barriga e tinha que ir ao banheiro. Agora me digam: Isso é arte?!?!"
Tayrine ficou com uma cara meio espantada e sem saber o que dizer.
Eu respondi: "As pessoas às vezes acham que certas 'bostas' são arte, alguns artistas se valem da fama pra fazer uma procaria certo de que vão achar aquilo o máximo, e o povo acha... afinal de contas, ele é famoso!..." E continuei com minhas teorias leigas.
Outra vez conversando com Caio no MSN, ele começou a falar que daqui há uns anos eu serei cineasta, e disse que assistir filmes com um cineasta é uma droga, a pessoa fica acanhado de comentar alguma coisa sobre o filme, por que o cineasta está vendo um filme que ninguém mais ali na sala está vendo.
Eu respondi que "o filme é o que o povão diz que é", e sinceramente....
Não quero mudar de opinião.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Há uns dias eu estava dentro do ônibus (sempre dentro do ônibus) indo pro CinePE.
Olhando pela janela vi uma velhinha "dar a mão" pro ônibus
Prefiro acreditar que o motorista não tenha visto e por isso "queimou" a parada.
Ela colocou a mão na cabeça, deu uma risada e ainda acenou pro ônibus.
Fiquei realmente sem entender: nós, jovens, com todo tempo do mundo, teríamos colocado a mão na cabeça, falado um belo de um palavrão e deríamos um belo de um dedo!
Temos uma vida e um mundo todo pela frente.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Hoje eu estava na parada esperando o ônibus para ir pro curso.
Tinham dois senhores sentados num banquinho de madeira improvisado.
Um vendia raspa-raspa, outro vendia dudu. Cada um com seu carrinho.
Os dois estavam conversando e repentinamente começaram a conversar comigo.
O que vendia dudu me dizia: ''esse velho está ficando cheio de graça''
E apontava sorridentemente para o que vendia raspa-raspa.
Eu sorri delicadamente sem saber o que dizer.
E ele continuou: "Todo dia de manhã bem cedinho eu passo de bicicleta por aqui e grito: seu Zé!!! O senhor quer ser rico?!?!, ele fica de ponta de pé e grita: quero siiiiiiim!"
Os dois caíram na gargalhada.
Eu não sorri muito, pra minha sorte meu ônibus veio logo e eu subi.
Dentro do ônibus eu percebi que certas coisas na vida, mesmo aquelas bem simples, valem mais que ser rico na vida de muitas pessoas.
E caí na gargalhada.

sábado, 25 de abril de 2009

Eu vinha do curso pra casa, no ônibus...
Alí pela ponte tinha uma escuridão.
Uma escuridão cruel e mansa ao mesmo tempo.
Decorada com alguns pontinhos de luz.
Não sei se eram estrelas, não sei se eram lâmpadas,
estava muito escuro.
Pensei comigo: "são pontinhos de esperança!
Seja do céu, seja da comunidade. Não há dúvida, são pontinhos de esperança''
No dia seguinte, tudo estava claro por lá.