quarta-feira, 29 de abril de 2009

Hoje eu estava na parada esperando o ônibus para ir pro curso.
Tinham dois senhores sentados num banquinho de madeira improvisado.
Um vendia raspa-raspa, outro vendia dudu. Cada um com seu carrinho.
Os dois estavam conversando e repentinamente começaram a conversar comigo.
O que vendia dudu me dizia: ''esse velho está ficando cheio de graça''
E apontava sorridentemente para o que vendia raspa-raspa.
Eu sorri delicadamente sem saber o que dizer.
E ele continuou: "Todo dia de manhã bem cedinho eu passo de bicicleta por aqui e grito: seu Zé!!! O senhor quer ser rico?!?!, ele fica de ponta de pé e grita: quero siiiiiiim!"
Os dois caíram na gargalhada.
Eu não sorri muito, pra minha sorte meu ônibus veio logo e eu subi.
Dentro do ônibus eu percebi que certas coisas na vida, mesmo aquelas bem simples, valem mais que ser rico na vida de muitas pessoas.
E caí na gargalhada.

sábado, 25 de abril de 2009

Eu vinha do curso pra casa, no ônibus...
Alí pela ponte tinha uma escuridão.
Uma escuridão cruel e mansa ao mesmo tempo.
Decorada com alguns pontinhos de luz.
Não sei se eram estrelas, não sei se eram lâmpadas,
estava muito escuro.
Pensei comigo: "são pontinhos de esperança!
Seja do céu, seja da comunidade. Não há dúvida, são pontinhos de esperança''
No dia seguinte, tudo estava claro por lá.